4 Nov @ CCB - Megafone 5: concerto de homenagem a João Aguardela

E também há este, já no dia 4. Custa 20 EUR e o dinheiro vai para uma organização (Megafone5) para a divulgação e promoção da música tradicional portuguesa.
Interessad@s? Eu ofereço um gelado no fim :PP


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Centro Cultural de Belém recebe espectáculo com actuações d'A Naifa, Dead Combo, OqueStrada e Gaiteiros de Lisboa.


João Aguardela , músico de projectos como Sitiados ou A Naifa  falecido em Janeiro passado, vai ser alvo de um espectáculo de homenagem no grande auditório do Centro Cultural de Belém , em Lisboa , no dia 4 de Novembro . Os bilhetes custam €20,00 e já estão à venda nos locais habituais.

No espectáculo organizado pelo projecto Megafone 5 (fundado por amigos e admiradores de Aguardela) actuarão nomes como A Naifa , Dead Combo , OqueStrada e Gaiteiros de Lisboa (início marcado para as 21h00). Todas as receitas dos bilhetes revertem a favor da Associação Cultural Tradição Megafone, por trás também de dois outros projectos ligados a Aguardela.

O projecto Megafone 5 vai estender-se à atribuição do Prémio João Aguardela , atribuído anualmente pela SPA com o intuito de distinguir autores ou colectivos cujo trabalho se relacione com a música tradicional portuguesa (primeira edição dos prémios será anunciada no espectáculo de Novembro), e ao site www.aguardela.com , que disponibilizará toda a discografia e trabalho musical de Aguardela. 

11 Nov: Zoetrope (Rui Horta / Micro Audio Waves)

Tenho 2 bilhetes reservados até 6ª (5 EUR cada). Alguém me faz companhia? 


Após um ano intenso de espectáculos, com lotações esgotadas em Portugal e no estrangeiro e o aplauso unânime de espectadores e jornalistas, Zoetrope regressa ao palco da Culturgest onde foi feita a gravação do DVD que é agora apresentado.

Zoetrope é um espectáculo total que pode ser visto como uma performance multimédia, como um concerto encenado ou como uma produção coreográfica. Tanto faz, fica mesmo ao critério de cada um. Porque na era das confusões categoriais importa pouco ficarmos limitados pelas definições. Uma banda de pop electrónica quis desafiar-se e fazer um projecto diferente, sendo dirigida por um coreógrafo, que trabalha com vídeo e multimédia. 
Quantos frames por segundo? Este espectáculo trabalha com percepções e baralha-nos propositadamente: a ilusão retiniana descoberta por Muybridge (1830-1904) e montada num brinquedo chamado Zoetrope é o ponto de partida para uma viagem acelerada por ambiências espaciais, realidades alternativas, fantasias equestres e um compêndio de história da tecnologia. Porque na arqueologia do multimédia está a imagem animada, e porque hoje já não vivemos sem extensões do olhar, próteses que alargam a percepção e nos permitem ir ao micro e ao macro. Três ecrãs são preenchidos de informação visual que formam um invólucro em torno do espaço cénico ocupado pela banda, que além de Flak, C.Morg e Cláudia Efe, a vocalista, conta ainda com a colaboração de Francisco Rebelo. 
A cada uma das canções corresponde um efeito gráfico diferente: “A riqueza gráfica está cá por causa da música deles, nada é por acaso. Não é uma coisa para encher o olho. A estética do multimédia unifica o espectáculo”, justifica Rui Horta. “Propuseram-nos este projecto, que é exactamente o tipo de coisa que nos obriga a questionar, a trabalhar coisas novas... E, provavelmente, haverá muita gente à espera de ver dança e bailarinos, esta foi a primeira luta! As pessoas perguntavam: quem são os performers? Qual é o trabalho do Rui? Não me interessavam os processos habituais. Interessava-me trabalhar com a banda, com a visão de coreógrafo, e fazer o envolvimento do espectáculo. Fizemos um espectáculo de música, mas percebe-se que tem uma construção diferente, com marcações para os músicos e com uma direcção geral da acção a que podemos chamar encenação. E que é, ao mesmo tempo, uma banda a dar um concerto.”

*Baseado no texto de Mónica Guerreiro para o programa do espectáculo

 


Concepção Cénica, direcção artística, desenho de luz e multimédia Rui Horta


Música original Micro Audio Waves
Realização e edição vídeo Edgar Alberto 
Motion graphics Guilherme Martins 
Programação multimédia Rui Madeira 
Figurinos Ricardo Preto
Interpretação Micro Audio Waves: Cláudia Efe, voz; C.Morg, programações, teclados; Flak, guitarra, teclados, programações + Francisco Rebelo, baixo, programações
Direcção técnica e operação de vídeo Luís Bombico
Operação de luz Paulo Alface 
Operação de som Filipe Lourenço 
Roadie Hugo Santos 
Co-produtores Culturgest, Lisboa; Espaço do Tempo, Montemor-o-Novo; Laboral Escena, Gijon; Teatro Nacional São João, Porto; Teatro Virgínia, Torres Novas 
Apoio Embaixada de Portugal em Moscovo, Instituto Camões Apoio logístico Europcar, Moraudio 
Produção executiva Lado B

Anúncio do Pingo Doce - carta aberta

Exmos. Senhores,

Como vosso fiel consumidor e um dos detentores da marca (compreendem que a marca é nossa e não vossa certo?), não posso deixar de emitir a minha opinião sobre a mais recente campanha que lançaram.

Para o fazer tenho antes que enquadrar a situação.

Confesso que o meu descontentamento é da vossa inteira responsabilidade – vocês, Pingo Doce, mimaram-nos demais ao longo dos tempos. Senão vejamos:

Quando os outros hipermercados nos encharcavam com anúncios chatos e que já ninguém se lembra, vocês davam-nos aquelas receitas maravilhosas que faziam crescer água na boca a toda a gente. Anúncios bem filmados e com aquela voz off que nos hipnotizava em frente à TV. Até eu, que nunca fiz mais do que um simples arroz de salsichas, tentava decorar aquelas iguarias.
O Pingo Doce não nos vendia nada, conversava connosco (e é isso que os amigos fazem não é?).

Depois saia de casa, a pé, e aqui ao lado encontrava um Pingo Doce, nem muito pequeno nem muito grande, maneirinho, arrumadinho, gente simpática.

Quando aparece a crise (julgo que foi numa 2ºf) nós, os pingo docenses, compreendemos - afinal os amigos servem para quê? - que era inevitável adoptar uma estratégia que demonstrasse que apesar da qualidade Pingo Doce o factor preço era uma preocupação real da marca: “O Pingo Doce é uma marca melhor que as outras e, pelo menos, tão barata como as outras” era o mote.

O slogan “sabem bem pagar tão pouco” passa então a fazer parte de um logótipo renovado.

Em termos de estratégia de produto o Pingo Doce passa a ter cada vez mais produtos de marca própria, alavancados no excelente valor da mesma, e os consumidores aceitam e até agradecem.

A relação forte que une os consumidores e a marca, neste caso, baseia-se na confiança e, caso raro em marketing, na forma como o Pingo Doce trata os seus clientes como se eles fossem pessoas inteligentes.

Ora agora, o meu Pingo Doce (será a crise dos 40?) decide lançar uma campanha popularucha, daquelas assim com imagens giras e uma música com um refrão giro e as pessoas a rirem-se e a fazerem um gesto giro para os consumidores passarem por lá. Giro.

O início do anúncio podia ser do Modelo, o amor a Portugal e aos seus símbolos (ainda me vêem as lágrimas aos olhos quando relembro a imagem do velhinho com a bandeira portuguesa por trás), e o resto do anúncio podia ser, bem podia ser de um qualquer concorrente ou de qualquer outra coisa gira sei lá.

Estava boquiaberto, mas depois de ler o responsável da agência brasileira “Duda Portugal” que fez a campanha a dizer “Tendo em conta os estudos de mercado elaborados, esta campanha irá atingir 70% dos consumidores que fazem compras no retalho” percebi: O homem não fazia puto de ideia daquilo que tinha em mãos.

Fez um anúncio, giro, de um retalho para chegar a 70% dos consumidores.

Senhores do Pingo Doce e senhores da Duda, para concluir: Parem de maltratar a nossa marca ok? É que directores de comunicação e directores de agências vão e vêm mas nós vamos ter que fazer compras o resto da vida e eu ainda gosto muito de passar por aí.

Obrigado.

Tiago Rainho Castro
Um Pingo Docense

Subescrevo inteiramente!