Trilogia "Pingo Doce"

via Corpo Dormente by Bruno Nogueira on 11/8/09

Gosto de ir ao Pingo Doce, e por isso tenho de o dizer.
O Pingo Doce tinha um anúncio simples, eficaz q.b., e barato.
Como diz o meu pai variadíssimas vezes:
"As pessoas cansam-se de estar bem".
E de facto cansam.
Foi o caso.
O senhor Pingo Doce cansou-se e mudou de agência criativa de publicidade.
Primeira medida da nova agência?
Gastar o PIB do Quénia e fazer o que regra geral se faz com muito dinheiro:
Não saber como o gastar.
E assim sendo não soube como o gastar num anúncio francamente mau.
Com uma duração três vezes maior do que as publicidades normais.
Tudo ganha uma certa dimensão quando o lema destes meninos é "sabe bem pagar tão pouco".
Então não sabe.
Curiosamente este anúncio não resultou.
Então, o Pingo Doce e a sua agência criativa pensaram com calma nos erros.
E reagiram da melhor forma:
Com um claramente pior.
Pumba.
Vai buscar!
Destaque especial para a naturalidade com que a expressão "é lógico pá" entra aos vinte e um segundos desta pequena pérola do mundo publicitário.
Estou à espera do próximo onde devem entrar quinze helicópteros e sete elefantes indianos a dançarem uma coreografia do Marco Di Camilis, enquanto cem submarinos desenham a marca "Pingo Doce" no Oceano Indico.
Uma coisinha em conta.
Deve estar aí a rebentar.